30.8.07

Tarnation

Depressa. Sim, tem que ser rápido. Fazer, não fazer. Tanto dá. Tanto se me dá. Tanto se te dá. Sempre soubeste isto, eu também. Todos já o sabíamos, mas sem o saber. Não queríamos saber, queríamos mas sem querer. Depois ouvimos dizer e parece que sempre o soubemos. Depois perguntam-nos: "O quê?"; e não sabemos explicar. É por isso que ninguém percebe nada do que eu estou escrever. Provavelmente quando me ler também não perceberei patavina. Mas vou tentar reproduzir o que ouvi e percebi:

É como um sonho. Parece que estou a dormir, mas estou acordada. Sinto o meu corpo adormecido, a passar pela realidade. Por vezes saio fora de mim e como que me fico a observar, de fora, espectadora de mim mesma, com muito pouco controlo sobre as minhas acções. É estranho e comum. Já não quero saber. Agora acho que tudo é possível, não mais almejo a coisas grandes, deve ser por isso. Devemos seguir o que exactamente queremos, mesmo que seja estúpido e não tenha significado nenhum.

Preciso que se saiba. Tudo é importante, tudo é possível e maravilhoso, mesmo fazer nada. É brilhante e fantástico como oposição a nada. Não sei como não vi isto antes: a grandiosidade de tudo (devo estar a enlouquecer). Começo a ficar perturbada com este texto. Como é que não se pode ser assim?! Simplesmente singelo e inocente? Entregar-mo-nos de corpo a tudo o que sentimos em cada momento?

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